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Mulheres na sinagoga - Por que as mulheres devem ficar sozinhas dos homens na sinagoga?



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Rabino Y. David Weitman5 de setembro de 2022

Mulheres na sinagoga

A oração é um momento no qual o homem abre seu coração perante D'us. Uma hora de concentração, introspecção e reflexão. Durante suas preces o homem se relaciona exclusivamente com D'us, por isto numa sinagoga todas as nossas emoções e pensamentos devem ser direcionados ao Todo-Poderoso. É a hora de estabelecer uma relação vertical com Ele, e não uma relação horizontal com as pessoas em nossa volta.

A oração é dirigida ao D'us invisível, e não podemos permitir que seres visíveis nos tirem de nossa concentração. Por isso devemos evitar qualquer distração, qualquer interação social entre homens e mulheres.

Ampliando o entendimento de mulheres na sinagoga

Não podemos deixar que os olhos nos distraiam. Ter uma mulher ao lado pode tirar a concentração de um homem que está rezando.

(Vale ressaltar algo interessante que pode esclarecer o ponto. Nos Estados Unidos, após vários estudos sobre o rendimento de alunos em escolas públicas, chegou-se à conclusão que era melhor separar os rapazes das meninas nas classes, assim como é feito nas escolas da Europa.Atenção dos alunos em aulas onde não há membros do sexo oposto é maior.).

Por esta razão, as mulheres na sinagoga em seu interior são separadas dos homens.

A separação pode ser algo físico (cortina, biombo) chamado de mechitsá , ou as mulheres sentam num balcão nobre no segundo andar, um mezanino, como se fazia já no Primeiro Templo, em Jerusalém.

Não é por falta de respeito à mulher que existe separação, mas pelo fato da Torá estar ciente da natureza do homem.

Algo tem que ficar claro: a parte da sinagoga reservada as mulheres não é um lugar discriminado.

Cada homem e mulher dentro de uma sinagoga dirige suas preces para D'us do lugar onde está, não havendo lugares mais ou menos privilegiados dentro de uma sinagoga.

Perante o Infinito, qualquer lugar finito é igual. Existem templos modernos onde famílias inteiras – homens, mulheres e crianças – rezam juntos, numa clara violação da Lei Judaica.

A sinagoga congrega indivíduos cujo propósito é se dirigir a D'us, não sendo pois o lugar para promover reuniões familiares ou sociais.

Além do mais, como fica um homem ou uma mulher solteira no meio de famílias, um órfão, uma viúva? Vai sentir-se diferente, solitário, alienado.

Na hora do serviço em louvor a D'us lhe será relembrado que é diferente, que não tem família, que está excluído.

Isto é grave, ninguém tem direito de envergonhar o outro, de fazê-lo sentir-se inadequado, particularmente durante as rezas. Por isto, quando existe uma separação, todas as mulheres numa sinagoga sentam juntas, unidas, e os homens também, e a oração se torna individual.

É verdade que necessitamos de um minian e de um lugar comum para rezar, mas uma sinagoga congrega indivíduos. E nesta hora de intimidade com D'us, nesta hora que estamos frente a Ele, é essencial sentirmo-nos bem. A mechitsá acrescenta respeito à nossa individualidade.

VER   Permissividade x Autoridade: o que é melhor para os filhos?

Não seria melhor abrir a mão e deixar as mulheres sentarem-se junto com os homens na sinagoga?

Será que não seria esta uma forma de atrair mais gente? O judaísmo não é um produto à venda cuja veracidade depende de uma aceitação pública, ou de sua capacidade de abrir mercados.

A religião judaica tem origem divina, com tradições milenares que nos foram acompanhando durante toda a nossa história.

Assim como ela protegida e preservada o povo judeu há milênios, hoje cabe a nós preservará-la. Se acreditamos em seu caráter divino, se acreditamos que foi D'us quem nos outorgou a Torá, não há necessidades de mudanças.

Esse D'us em quem acredita é a Perfeição e a obra que Ele deu não precisa de correções ou retoques humanos.

A verdade é algo absoluto. Portanto, o argumento de que devemos mudar as leis para atrair mais é muito perigoso; estaríamos invalidando a Lei, implicando em que D'us não é perfeito. Estaríamos tratando uma obra Divina como se fosse humana e que, como tal precisaria de melhorias, retificações.

No momento em que uma religião começa a mudar para se adaptar não há limites para estas mudanças. A ética e a moral judaica não dependem da aprovação popular.

Maimônides dizia que “a verdade não é mais ou menos verdade dependendo do número de pessoas que acreditam nela”.

A Torá não pode ser distorcida, devemos manter-la assim como ela nos foi dada por D'us, da forma mais autentica possível.

Certas atitudes que estamos observando hoje em dia nos dão uma impressão nítida de que a Lei é um produto que pode ser modificado segundo a vontade do cliente, que poderá encontrar o que mais lhe agrada.

Esta é uma forma muito barata de judaísmo. A Torá não é um “produto”, é uma obra Divina. É algo que nos foi dado por D'us cujo objetivo é nos melhorar, nos elevar espiritualmente, tornar-nos mais próximo Dele. A única forma de um ser finito se comunicar com o D'us Infinito é usar os instrumentos que Ele nos deu, não os nossos próprios.

(Publicado na Revista Morashá em Junho de 1999)

https://legalsaber.com.br/mulheres-na-sinagoga/

Texto do Portal Judaísmo 

https://legalsaber.com.br/



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