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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

UMA AGENDA PARA O VOTO CONSCIENTE

Eu tenho ouvido: "Não traga a religião para a política". É precisamente para este lugar que ela deveria ser trazida e colocada ali na frente de todos os homens como um candelabro. - C. H. Spurgeon

A política é o espaço do bem comum, o que pode levar-nos a entendê-la como uma forma de praticar o amor cristão. E de fato é pela ação política que muitas pessoas no país podem ser beneficiadas pelo bem e pela justiça. No entanto, para que isso aconteça, é necessário que a prática política seja guiada por valores éticos fundamentados na revelação.

1. Conheça bem o candidato que receberá seu voto. Pesquise seu histórico pessoal, seus feitos, valores e propostas. Pesquise também suas promessas durante a campanha eleitoral, avaliando se são plausíveis. Acompanhe as entrevistas que o candidato conceder na mídia e compare suas afirmações. Veja também se ele se porta com decência e se sua escala de valores é voltada para o interesse público. Enfim, não desperdice seu voto com alguém de quem você nunca tenha ouvido falar, sem antes analisar suas propostas e postura ética durante a campanha eleitoral.

2. Examine os projetos do candidato para saber se estão de acordo com os do partido ao qual ele está filiado. Ao votar em um candidato, você ao mesmo tempo vota num partido, ajudando a eleger candidatos a ele afiliados. Por isso, é preciso conhecer os programas e a filosofia do partido. Quanto aos candidatos evangélicos, procure saber, sobretudo se sua motivação para concorrer a um cargo eletivo está vinculada a interesses de sua denominação (o que violaria o conceito de separação entre igreja e Estado).

3. Lute contra todas as formas de corrupção, apoiando mecanismos de controle do uso do dinheiro público e das prioridades do governo. Colabore para que projetos como o Ficha Limpa, que tratam da ética nas eleições, sejam conhecidos e aplicados. Denuncie. Também lute contra o uso da congregação e de suas iniciativas legítimas relacionadas à comunidade para a promoção de candidaturas de pastores/membros.

4. Apoie propostas que defendam a vida e a dignidade do ser humano em qualquer circunstância. Para a fé cristã, a vida humana é dom de Deus, desde a concepção no ventre materno até o dia de sua morte. Isso significa lembrar-se de que o Estado é servo de Deus para manter a "grande obra do Senhor, a humanidade". Um governante que perca de vista seu papel como mantenedor da ordem e dos valores da criação está correndo sério risco de voltar-se contra Deus, estabelecendo-se como instância autônoma e idolátrica.

5. Verifique qual é a proposta educacional do candidato, ana-lisando se ele defende a qualidade e a liberdade do ensino, mesmo no âmbito religioso, e promove uma escola digna e de qualidade. A função da escola é ensinar. Educar e moldar o caráter de uma criança ou jovem é função da família, como reconhece a própria Constituição.

6. Rejeite candidatos e partidos com ênfases estatizantes e intervencionistas nas esferas familiar, eclesiástica, artística, trabalhista e escolar, os quais concebem um ambiente em que há pouca ou nenhuma liberdade pessoal e econômica. Para a fé cristã, a família, a igreja, o trabalho e a escola são esferas independentes do Estado, pois existem sem este, derivando sua autoridade somente de Deus.
7. Repudie ministros, igrejas ou denominações que tente identificar determinada ideologia com o reino de Deus ou com a mensagem bíblica.

8. Apoie candidatos comprometidos com propostas e leis que sejam derivadas da lei de Deus, conforme revelada nas Escrituras, pois essa é a fonte última e absoluta da ética pessoal, eclesiástica e social.

9. Valorize candidatos e partidos comprometidos com o modelo republicano de governo, no qual a nação é governada pela lei constitucional e administrada por representantes eleitos pelo povo, e em que há divisão e separação entre os poderes executivo, legislativo e judiciário, de modo que nenhum governo ou ramo do governo monopolize o poder.

10. Apoie candidatos que enfatizem as funções primordiais do Estado. Os governantes têm a obrigação principal de zelar pela segurança do povo — atribuição pela qual pagamos tributos
Pedimos que Cristo, o Rei, o único e absoluto soberano Senhor, nos sustente e conduza sempre em nossas opções políticas.

Façamos de nossa participação política um gesto de amor a este país e a nossos irmãos e irmãs, para a glória de Deus.

Fonte: Contra a Idolatria do Estado - O Papel do Cristão na Política,
Livro de Franklin Ferreira.

http://www.iplimeira.com.br/#/mensagens/2016/09/uma-agenda-para-o-voto-consciente

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