Julio
Severo
“Não fume. Eu
fumei. Eu queria nunca ter fumado.” Esse comentário honesto e sincero, que
é uma bela propaganda anti-fumo, ou antitabagismo, veio diretamente de um
ex-fumante famoso: Leonard Nimoy, ator de Jornada nas Estrelas.
Grandes ativistas
pró-família nos EUA são antitabagismo. Então, todos eles são “canalhas”?
Nimoy, o famoso Spock, foi também um “canalha” ao se opor ao cigarro?
O fumante de hálito e boca sujos é o mesmo sujeito que
trata como canalhas os que se opõem ao seu revisionismo e reabilitação da
Inquisição, que torturava e matava judeus e protestantes. (Nimoy e eu
viveríamos sob risco de morte naquele tempo. Ele, por ser judeu. Eu, por ser
evangélico.)
Você queria que um sujeito dessa espécie tivesse o
direito de portar armas? Sou totalmente a favor de porte de armas para pessoas
ajustadas que precisam de proteção para si e suas famílias. Na época da Inquisição,
eu seria totalmente a favor do porte de armas para todos os judeus e protestantes,
que eram as vítimas preferidas de torturadores e assassinos sádicos do que a
Igreja Católica chamava de “Santa Inquisição,” mas não chama mais. Só os loucos
a chamam disso hoje.
O porte de armas é necessário não só por causa de
criminosos, mas também para que perseguições, torturas, assassinatos e
atrocidades como os cometidos pela Inquisição nunca mais se repitam.
Por isso, sou totalmente a favor do desarmamento para
bandidos e canalhas que desculpam a Inquisição. O desajuste mental, moral e
espiritual de ambos é um perigo para a sociedade e exige tal controle extremo.
O sujeito fumante pró-Inquisição defende gostosamente
cigarros acesos na boca, mas não dá a mínima para as vítimas judias e
protestantes da Inquisição, desprezando seu sangue inocente derramado. Ele
prefere, do conforto de sua poltrona, defender a máquina assassina da Inquisição.
Para ele, o vício que prejudica a saúde tem valor especial e merece proteção,
mas vidas inocentes não. Se isso não é canalhice pura, então o que é?
Ele parece desconhecer que a Inquisição, que havia se
tornado uma máquina descontrolada, prendeu o católico Rodrigo de Jerez 500 anos
atrás. O crime dele? Ele era fumante.
Até onde se tem registro, Jerez, que foi marinheiro de
Cristóvão Colombo, foi o primeiro fumante da Europa. Ele conheceu o fumo
durante uma das viagens de Colombo ao continente americano. Quando Jerez voltou
para a Espanha, ele trouxe algum tabaco. A fumaça que cercava a face dele
quando ele fumava deixava as pessoas amedrontadas. A Inquisição o jogou na
cadeia porque “só o diabo podia dar ao homem o poder de exalar fumaça de sua
boca.” A Inquisição o manteve encarcerado por sete anos.
Seja o que for que Jerez passou em seus sete anos de
prisão, ele saiu vivo. Seu castigo foi “brando.” Seu sofrimento não foi nada em
comparação com a tortura e morte que a Inquisição infligia aos judeus e
protestantes. O castigo deles não era nada brando.
A Inquisição era muito mais tolerante com fumantes do
que com judeus e protestantes. Talvez por isso o famoso fumante brasileiro seja
um revisionista apaixonado da “Santa Inquisição.”
A Inquisição pode não ter aplicado a pena de morte em Jerez,
mas as consequências médicas do fumo têm condenado milhões a enfermidades e
morte. Se fumar já é ruim, que tipo de exemplo é reabilitar a Inquisição?
Precisamos seguir bons exemplos, não maus. Os EUA têm
excelentes liberdades legais de porte de armas, liberdades herdadas de uma cultura
predominantemente evangélica com base na Bíblia, que apoia a defesa armada. O
Brasil precisa imitar isso e dar a mesma liberdade aos seus cidadãos.
Recentemente, a Assembleia Legislativa de Pernambuco instituiu
oficialmente o “Dia em Memória dos Judeus Vítimas da Inquisição.” Esse é um
exemplo excelente, que precisa ser imitado no Brasil inteiro, que deveria
instituir nacionalmente o “Dia em Memória dos Judeus Vítimas da Inquisição.” O
Brasil precisa de tal feriado nacional.
Se os bons não instituírem nacionalmente o bem, os
maus poderão acabar instituindo seus males. Afinal, como é que pode o sujeito
defender, com a maior sem-vergonhice, dois males (tabagismo e Inquisição) ao
mesmo tempo e ainda posar de intelectualmente honesto ao xingar os que
discordam de seu extremismo? Se isso não é canalhice pura, então o que é? Se
isso não é desonestidade intelectual, moral e espiritual, então o que é?
O fato é: Se os canalhas não forem repreendidos por
suas canalhices, eles vão tratar os outros com o mesmo desprezo que suas
canalhices e desonestidade merecem. Eles vão tratar os outros conforme o boca-suja
Lênin orientou os marxistas de seu tempo: “Acuse seus inimigos do que você faz,
chame-os do que você é.”
Antes que eles acusem você da desonestidade que eles
praticam e chamem você do que eles são, diga alto para eles ouvirem e escreva forte
para eles lerem:
“A
reabilitação da Inquisição é o refúgio dos canalhas.”
Se você não os repreender, eles vão xingar você. Aliás,
eles já estão fazendo isso. O que você está esperando?
Fonte:
www.juliosevero.com
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