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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

A Adoção de Crianças por Casais Homoafetivos

“Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR vosso Deus para ensinar-vos, para que os cumprísseis na terra a que passais a possuir; Para que temas ao Senhor teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e que teus dias sejam prolongados”. 

Deuteronômio 6:1, 2.


A adoção de crianças por casais homoafetivos tem sido um tema bastante discutido na atualidade. Sem dificuldades podemos encontrar na internet artigos, debates em vídeo, nas rádios, nas redes sociais, que abordam o assunto que obviamente causa grande burburinho, e muitas vozes se fazem ouvir tanto em defesa, quanto contra este tema. Quando observamos os discursos de líderes cristãos que se opõem, percebemos que há pouca ênfase na palavra de Deus para defender seus posicionamentos, preferindo recorrer à opinião da maioria que se intitula conservadora. Não queremos entrar no mérito da discussão entre conservadorismo e progressismo, mas ergueremos fortemente neste artigo a bandeira da Escritura Sagrada no que diz respeito a este assunto. Primeiro, iremos expor a perspectiva bíblica no que concerne à constituição familiar, logo em seguida, a aplicaremos ao tema proposto.

A ótica do Criador quanto à constituição familiar é clara, vemos isso no livro do Gênesis, quando Deus cria a mulher para ser auxiliar do homem, tendo este recebido a ordem de crescer e multiplicar (Gn1:28). Deste ponto já podemos entender, que há na criação uma ordem sistemática constituída por Deus para que seja concebida uma prole; é necessário que haja o ajuntamento de dois seres da mesma espécie, porém de sexos diferentes. Podemos inferir despreocupadamente esta ideia, a partir do texto de Gênesis 2:20, quando se diz que; “Entretanto, não se encontrou para o próprio ser humano alguém que com ele cooperasse e a ele correspondesse intimamente” (Versão King James atualizada), e também à luz de Gênesis 7:1, onde na ordem de entrada dos animais por pares (macho e fêmea) na arca, está arraigada a ideia de posterior reprodução para repovoamento da terra.

As promessas bíblicas quanto à linhagem sugerem posteridade dentro de um ambiente familiar constituído de acordo com a ótica apresentada anteriormente. A perspectiva bíblica de identificação de filiação se dá por meio da estrutura familiar instituída por Deus. Ou seja, quando Deus trata com um indivíduo como filho, ele usa a ótica familiar, isto é, sempre o trata como descendente de um homem e de uma mulher. A exemplo disso temos o texto citado como título do artigo, onde, após haver o SENHOR reconfirmado toda a lei, ordena que a mesma seja repassada para as linhagens posteriores através das gerações de filhos que viriam. Não somente esta passagem expõe a intenção de divulgação da lei por meio da genealogia através da família, mas também Êxodo 12:24, Números 15:15, Levítico 23:41, etc. Com base nisso podemos compreender que o Criador determinou a constituição familiar como a conhecemos; homem + mulher = filhos. Não somente a constituiu deste jeito, como apenas reconhece um lar a partir desta configuração. Voltaremos a trabalhar o texto de Gênesis 2:20, mas também o versículo 18, para analisarmos as implicações da configuração familiar escolhida por Deus, e sua eficácia no tocante a recepção e educação dos filhos.

Quando o Criador constata a solidão do homem, Ele tem em mente atender a duas necessidades básicas que o mesmo possuí, além da reprodução; a partilha de sua vida, seus sentimentos, emoções, e identidade masculina, e o auxílio na tarefa de subgerenciar a criação, e é neste segundo aspecto que concentraremos nossa análise, pois os filhos também fazem parte da criação. Tendo em vista a tarefa de subgerenciar a criação, o homem possivelmente se sobrecarregaria com este enorme fardo, pois sozinho, a extensão de seu cuidado na criação seria reduzida. Além disso, as nuances de sua personalidade limitariam a execução desse trabalho. Com isso não queremos dizer que o homem era incapaz de sozinho fazê-lo, mas nos referimos ao um grau de potencialidade que é intensificado com a chegada da mulher para auxiliá-lo na administração da criação. Esse balanceamento de aspectos de identidade pertencentes ao homem e a mulher, proporcionam um equilíbrio essencial para a criação dos filhos, tornando o lar, um ambiente propício para recepção dos mesmos. A exemplo disso, temos a objetividade masculina e a subjetividade feminina, que contribuem para que o indivíduo possa se equilibrar sobre determinada situação, podendo então identificar quando será mais fortuito usar mais de uma do que de outra. Além disso, a diferenciação das identidades poderá estimular o indivíduo a iniciar um processo de distinção entre coisas e coisas, fazendo com que o mesmo seja capaz de não somente captar características pertencentes à determinada pessoa, mas também que o mesmo lide de forma apropriada com isso.

Tendo identificado todos estes fatores, criamos uma ótica nutrida pela informação bíblica sobre qual a visão de Deus acerca da família. Doravante, poderemos aplicar esta ótica à adoção de filhos em um lar homossexual.

1º O relacionamento homoafetivo é diferente da configuração determinada por Deus para a criação de uma família.

Isto por si só alimenta então grande repulsa por parte do Criador, pois sendo governante da criação, qualquer falta de conformidade com os parâmetros criados por Ele, constitui anormalidade. Tudo que está fora dos padrões de Deus, é rejeitado, pois não reflete sua vontade, ao contrário, se rebela contra ela, e sofrerá, portanto juízo condenatório. Este ponto já deveria fazer com que qualquer um temesse incorrer neste erro, visto que, se rebelar contra o conselho do Criador é uma afronta à coroa do universo, e sabemos bem que os rebeldes serão excluídos do reino de Deus.

 O lar homoafetivo está fora do padrão de Deus.

Um lar com essa conjuntura está automaticamente debaixo da maldição do Soberano, e sob esta condição, as consequências seriam inumeráveis. A benção de Deus está direcionada aqueles que obedecem à Sua vontade, de acordo com o que mandam as Sagradas Letras. Sem a observação da mesma, o homem se afasta cada vez mais de Deus, o que proporciona a ele ruína, pois dantes citado fora criado para viver próximo ao Criador, recebendo dele não somente bênçãos que otimizariam sua vida neste mundo, mas também o nutrir da vida. Entenda-se por vida, não somente o estar vivo em si, mas também a regalia de poder valer-se de forma proveitosa de todos os benefícios advindos da obediência para com o SENHOR, Sua graça e proteção.

3º Equilíbrio do casal heterossexual.

O balanço entre as características masculinas e femininas proporcionam um ambiente favorável à administração da criação, consequentemente, à educação dos filhos, que inseridos neste ambiente, poderão desenvolver-se completamente em seus caráteres. Com isso entendemos que a criação dos filhos também é um momento onde os mesmos são preparados para cumprir seus papéis na criação, o que indica que o lar não somente faz com que o indivíduo cresça para si mesmo, mas também será preparado para lidar com o mundo lá fora. Dado o desequilíbrio do crescimento em um lar homoafetivo, o “filho” não desenvolverá sua capacidade de distinção entre cada pessoa, e terá dificuldades em entender e lidar com as diferenças inerentes a cada um, o que acarretará problemas de sociabilização, e isto também não constitui a vontade de Deus, porquanto o homem foi dotado de faculdades que o tornam um ser social, e ademais disso, o próprio Criador ordena que o homem não se isole, mas que se conecte a outras pessoas. Um exemplo do desejo de socialização de Deus entre as pessoas é o fato ocorrido na torre de Babel; os governantes daquela cidade, desejavam centralizar-se naquele local, para poderem agir de acordo com sua própria vontade; “Vinde! Construamos uma cidade e uma torre cujo ápice penetre nos céus! Dessa forma, nosso nome será honrado por todos e jamais seremos dispersos pela face da terra!”.(Gênesis 11:4 – Versão King James). O desfecho desta história nós conhecemos, Deus confundiu as línguas forçando o homem a se dispersar em grupos que falavam o mesmo idioma.

Também gostaríamos de acrescentar que um casal heterossexual está apto à adoção, pois configuram o modelo de família determinado pelo SENHOR Deus. Também acontecerá que, sendo o indivíduo introduzido neste lar, ambos, tanto o pai como a mãe, desempenharão através seus papéis de responsabilidade sobre o mesmo, o acolhendo e ensinando conforme a vontade da coroa do universo.  Embora saibamos que um filho adotado, não é, geneticamente falando, genealogia de um casal, o reconhecimento dos pais para com o filho, e o estabelecimento da criação dele no suprimento de todas as suas necessidades, o oficializa como tal.

As implicações para o erro da adoção de filhos em um lar homossexual são muitas, e seriamente ameaçadoras, contudo, não podemos deixar que um princípio passe despercebido, ou seja, nivelado a qualquer outro; a desobediência ao conselho de Deus. A família e a igreja são as únicas instituições que o Criador criou pessoalmente, desprendendo um carinho e amor incalculáveis. Perverter tanto uma quanto a outra, é simplesmente cuspir na graça de Deus, e dar as costas a todo o plano projetado para os seres humanos, com o fim de fazê-los gozar das bênçãos, por exemplo, de um lar que teme a Deus.

Este deve ser o conceito chave para que não caiamos nas armadilhas do mundo em seu sistema diabólico; obediência à vontade do Reluzente, pois não foi sem lógica que Ele arquitetou a família da forma que fez, mas para que desfrutássemos de cada aspecto introduzido por Deus tanto no homem como na mulher, e por fim nos filhos que viriam a ser posteridade do casal.

Que o Deus de paz, abençoe as nossas famílias e todos aqueles que amam seus estatutos e os guardam, passando aos seus filhos e os filhos de seus filhos, por todas as gerações que ainda virão.

Cristo Triunfa!

#José Moglia

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