"O infanticídio é o ato de matar um bebê normalmente recém-nascido; quase sempre, é praticado pela própria mãe. O artigo 123 do Código Penal brasileiro define infanticídio como “matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após”, e prevê pena de dois a seis anos de detenção. O infanticídio sempre foi praticado na história e por diversas motivações diferentes. Na Grécia matavam-se os bebês mais fracos, pois não seriam bons guerreiros. Na Babilônia e em Canaã, em sacrifício aos deuses, como Baal, por exemplo; no Egito, o faraó ordenou que as parteiras matassem todos os recém-nascidos hebreus com o objetivo de matar Moisés, o futuro líder de Israel. A fim de matar Jesus, Herodes, o Grande, mandou matar todos os bebês de até 2 anos em Belém. Os incas, astecas e maias também sacrificavam bebês. Na China comunista, devido à proibição de se ter mais de um filho, muitos bebês eram mortos ou abandonados para morrer logo depois do nascimento. Na Índia, muitos bebês do sexo feminino ainda são rejeitados e mortos pela família que não quer pagar o dote do casamento.
Porém, é preciso deixar claro que, no Brasil, não são só os indígenas que praticam o infanticídio. Muitas mães e pais nas nossas cidades praticam o infanticídio e o assassinato de bebês e crianças: agridem-nas até a morte, jogam-nas de prédios e as abandonam em lixeiras. Milhares de bebês são abortados todo ano no Brasil. Entre os indígenas, há algumas etnias brasileiras que ainda praticam o infanticídio e o assassinato de bebês e crianças, como os suruwahás, no Amazonas; os camaiurás, em Xingu (MT); e os yanomamis, em Roraima. Alguns bebês são mortos quando a mãe é solteira; em algumas etnias, o bebê é morto porque nasceu com alguma deficiência física ou mental, como foi o caso de Iganani, Hakani e seu irmão Niawi; alguns bebês são mortos por questão social e econômica, pois os pais acham que não vão poder criar a criança; outras morrem por questões religiosas e superstição, como o caso de bebês gêmeos considerados amaldiçoados em algumas etnias".
Está disponível o texto da minha coluna semanal na Gazeta do povo.
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